O Figa de Guiné é um grupo de samba formado em 13 de maio de 2005 com o intuito de realizar rodas de
samba com um repertório que buscasse o melhor do samba em todo o período da sua já centenária existência como gênero musical. A escolha da roda de samba como forma de apresentação do grupo deve-se ao fato desta ser a maneira de se apresentar que mais permite o improviso, a renovação constante do repertório e a participação do público, não só como mero expectador, mas também como participante ativo no coro e na total interação que só uma roda de samba pode proporcionar a quem dela participe.
Este Grupo realizou uma roda de samba no Bar Estabelecimento durante seis anos.
Nestes seis anos conquistou um reconhecimento qualitativo que culminou na vinda de grandes expoentes do samba carioca, que se apresentaram em total afinidade com a proposta do grupo.
Na comemoração dos seus cinco anos de grupo, o Figa de Guiné contou com a presença de Eduardo Gallotti, renomado sambista carioca com vasto currículo e com importância fundamental na retomada das rodas de samba do Rio de Janeiro. Nesta mesma comemoração veio também, acompanhando Eduardo Gallotti, o sambista Pedro Miranda, figura de expressão no novo cenário do samba carioca, lançando seu segundo disco solo, o Pimenteira. Um disco aclamado pela crítica musical de um artista que já vinha de brilhante carreira no grupo Semente, grupo de suma importância na revitalização das rodas de samba do Rio de Janeiro.
No dia 11 de dezembro de 2010, o grupo Figa de Guiné recebeu o mesmo Eduardo Gallotti para comemorar o centenário de Noel Rosa com uma maratona de samba de quatro horas de duração onde só foram cantadas composições deste grande nome da música brasileira, um dos maiores compositores populares do Brasil. Para fechar o ano comemorativo de 2010 o Figa de Guiné recebeu ainda Alfredo Del – Penho, mais um músico de vital importância nos novos projetos ligados ao samba no Rio de Janeiro. Alfredo Del Penho é músico multiinstrumentista, ator, dançarino e pesquisador de música popular brasileira.
O grupo Figa de Guiné acredita nesta proposta da roda de samba como forma de apresentação musical ideal para o gênero. Ideal para a diversificação do repertório e para a interação do público ao grupo que se apresenta. Um lugar onde o artista não ocupe um espaço acima do público ficando, em diversos aspectos, no mesmo nível da platéia. A roda de samba permite esta interação entre artista e público, renova, resgata e apresenta valores culturais e musicais, diverte, faz o público cantar, sambar, estimula a boa convivência entre pessoas que normalmente não se encontrariam no dia a dia, pois a roda de samba agrega e mistura classes sociais e diversos credos e cores. Uma roda de samba nunca é só uma roda de samba. É um fator de união, um movimento popular de integração e inclusão. Acreditando em todos estes fatores e principalmente acreditando na perpetuação da boa música brasileira é que o Figa de Guiné se faz presente, é por esse ideal que trabalhamos.